segunda-feira, 10 de março de 2008

Sobre o Dia Internacional da Mulher

A história da comemoração do Dia Internacional da Mulher teve seu início a partir de uma greve de operárias de uma fábrica de Nova York. Em 08 de março de 1857 elas reivindicavam melhores condições de vida e de trabalho. A manifestação foi reprimida com total violência e as mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas.
Em 1910, uma conferência realizada em Copenhague, na Dinamarca, estabelecia o dia 08 de Março como o marco da luta pelo reconhecimento dos direitos da cidadania feminina. Com o decorrer do tempo a data passou a ser comemorada em vários países do mundo e, em 1975, foi
finalmente oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o "Dia Internacional da Mulher".
Portanto é um dia muito importante e representa um marco na história de luta pela emancipação das mulheres. Mas há muito por lutar. As mulheres ainda ganham menos que os homens pela mesma função e ainda representam a minoria entre as lideranças. Em vários países do mundo mulheres são mutiladas e vivem em pleno terror.
Mas lamentavelmente quando ocupam algum lugar de destaque muitas vezes copiam o modelo masculino de liderar. Margareth Thatcher que o diga, era um verdadeiro 'cabra macho', a "Senhora da Guerra". Chegamos até aqui, mas não é o melhor, estamos em busca pela excelência.

Mulheres curdas protestando em defesa das minorias no Dia Internacional da Mulher.


Abaixo transcrevo um texto de um autor anônimo que encontrei na internet,
onde mostra a falta de equilíbrio de uma vida moderna.
O autor(a) diz querer voltar no tempo, ficar limitada(o) às tarefas domésticas e diz que isso seria bom!!! Não achei que foi uma mulher que escreveu. Nem a minha vó gostaria de retroceder. Falar para qualquer Ser Humano largar sua vida e abdicar de seus direitos é uma imensa afronta. Mas ambos os sexos podem
'trocar' as atividades no dia a dia sem perder a sua essência e com muito respeito e carinho.
Ninguém precisa deixar de casar porque têm que trabalhar, nem de fazer pratos culinários maravilhosos. Uma coisa não anula a outra.



Desabafo de uma mulher rebelde...


São 7h. O despertador canta de galo e eu não tenho forças nem para atirá-lo contra a parede.

Estou TÃO acabada, não queria ter que trabalhar hoje. Quero ficar em casa, cozinhando, ouvindo música, cantarolando até. Se tivesse filhos, gastaria a manhã brincando com eles, se tivesse cachorro, passeando pelas redondezas.

Aquário? Olhando os peixinhos nadarem. Espaço? Fazendo alongamento. Leite condensado? Brigadeiro. Tudo menos sair da cama, engatar uma primeira e colocar o cérebro para funcionar.

Gostaria de saber quem foi a mentecapta, a matriz das feministas que teve a infeliz idéia de reivindicar direitos à mulher, e por quê ela fez isso conosco, que nascemos depois dela. Estava tudo tão bom no tempo das nossas avós, elas passavam o dia a bordar, a trocar receitas com as amigas, ensinando-se mutuamente segredos de molhos e temperos, de remédios caseiros, lendo bons livros das bibliotecas dos maridos, decorando a casa, podando árvores, plantando flores, colhendo legumes das hortas, educando crianças, freqüentando saraus... A vida era um grande curso de artesanato, medicina alternativa e culinária. Aí vem uma fulaninha qualquer que não gostava de sutiã, tampouco de espartilho, e contamina várias outras rebeldes inconseqüentes com idéias mirabolantes sobre "vamos conquistar o nosso espaço". Que espaço, minha filha? Você já tinha a casa inteira, o bairro todo, o mundo ao seus pés. Detinha o domínio completo sobre os homens, eles dependiam de você para comer, vestir, e se exibir para os amigos..., que raio de direitos requerer?

Agora eles estão aí, todos confusos, não sabem mais que papéis desempenhar na sociedade, fugindo de nós como o diabo da cruz. Essa brincadeira de vocês acabou é nos enchendo de deveres, isso sim. E nos lançando no calabouço da solteirice aguda.

Antigamente, os casamentos duravam para sempre, tripla jornada era coisa do Bernard do vôlei - e olhe lá, porque naquela época não existia Bernard e, se duvidar, nem vôlei.

Por quê, me digam, por quê um sexo que tinha tudo do bom e do melhor, que só precisava ser frágil, foi se meter a competir com o "macharedo"? Olha o tamanho do bíceps deles, e olha o tamanho do nosso. Tava na cara que isso não ia dar certo. Não agüento mais ser obrigada ao ritual diário de fazer escova, maquiar, passar hidratantes, escolher que roupa vestir, que sapatos, acessórios, que perfume combina com o meu humor, nem de ter que sair correndo, ficar engarrafada, correr risco de ser assaltada, de morrer atropelada, passar o dia ereta na frente do computador, com o telefone no ouvido, resolvendo problemas. Somos fiscalizadas e cobradas por nós mesmas a estar sempre em forma, sem estrias, depiladas, sorridentes, cheirosas, unhas feitas, sem falar no currículo impecável, recheado de mestrados, doutorados, e especializações. Viramos supermulheres, continuamos a ganhar menos do que eles.

Não era muito melhor ter ficado fazendo tricô na cadeira de balanço? Chega! eu quero alguém que pague as minhas contas, abra a porta para eu passar, puxe a cadeira para eu sentar, me mande flores com cartões cheios de poesia, faça serenatas na minha janela - ai, meu Deus, 7h 30min, tenho que levantar!, - e tem mais, que chegue do trabalho, sente no sofá, coloque os pés para cima e diga: "meu bem, me traz uma dose de whisky, por favor?", descobri que nasci para servir. Vocês pensam que eu estou ironizando? Estou falando sério! Estou abdicando do meu posto de mulher moderna... Troco pelo de Amélia. Alguém se habilita?


Não, não! Um erro jamais justificaria outro!