sexta-feira, 21 de março de 2008

Páscoa e Farra do Boi



Como todos os anos pelas bandas do litoral de Santa Catarina a Farra do Boi continua acontecendo (tradição trazida pelos descendentes de açorianos há 200 anos). Hoje esta prática está proibida, mas têm cidades onde a farra é um evento normal. Dentro de mangueirões ou nas próprias ruas da cidade e muitas vezes com total "apoio" de autoridades políticas, a lei é desrespeitada. Prova disso acontece em Governador Celso Ramos onde a população se "organiza" fechando suas casas com cercas improvisadas, alugando casas a um preço bem alto para possíveis "turistas" e as delegacias bem próximas fazem vista grossa para o movimento ao redor. Ninguém viu, ninguém sabe... só depois que encontram o animal ensanguentado e muitas vezes já morto de forma cruel, talvez apareça no noticiário. Uma prática inaceitável. Uma brutalidade que está bem longe do que deveria ser a comemoração da Páscoa. O significado desta grotesca tradição é desconhecido mas atribui-se uma conotação símbólica-religiosa da Paixão de Cristo, onde o boi faria o papel de "judas". Mas essa "tradição" fica mais perto mesmo de uma grande barbárie e é um pretexto para se fazer uma festa na comunidade e gerar capital financeiro com a venda de comes e bebes. E o pobre do boi é sacrificado? Que animal fez isso com ele?
Uma banda de Brusque chamada Etílicos & Sedentos lança uma música cuja letra retrata bem o que é essa tal "farra do boi": confira
AQUI.

"...Vejam quantos bois, correndo atrás de um boi..."