quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
Menos é mais!
Numa época de aquecimento global, corrupção Brasil afora, governo Brasileiro querendo substituir CPMF por aumento de "IOF", usina no rio madeira garantida pelo BNDS, desmatamentos acabando com a diversidade dos nossos biomas, enfim, uma lista enorme de coisas que nem sempre concordamos que deveria ser assim, então ao invés de lamentar, o negócio é arregaçar as mangas e continuar trabalhando para encontrar soluções sustentáveis para o mundo e ajudar nosso planeta. Não só nosso planeta, mas à nós mesmos, pois afinal, vivemos aqui! E nosso modo de vida moderno contribui muito para eliminar muito a biodiversidade que ainda pouco conhecemos.
Às vezes pensamos que para viver bem e melhor precisamos de tudo e mais um pouco... mas para viver bem e melhor não é preciso tantos objetos nem grandes tarefas para tornar a vida valiosa e confortável.
Simplicidade pode ser a solução para os mais difíceis desafios.
Mas não espere a simplicidade virar moda: Vire o jogo agora mesmo!
Em meados de dezembro houve uma chuvarada muito forte aqui no Sul, daquelas com direito a trovões que afetaram vários aparelhos eletrodomésticos aqui na cidade de Angelina, onde moro. Fiquei uns dias sem computador, que embora desligado não resistiu a um raio que caiu num dos transformadores de energia da rua. Foi o suficiente para dar uma pausa no tal fio que nos conecta ao mundo das facilidades da informação em tempo integral. E fez uma falta... Mas antigamente não havia nada disso e as pessoas davam um jeito de se conectar. Somos condicionados pelo que vivemos atualmente e isso é tentador. Mas de certa forma foi bom ficar um tempo sem conexão. Se não nos damos esse tempo, ele é bem-vindo de outra forma.
Nesse meio tempo fiz uma 'varredura' pelas coisas que estão ocupando espaço em casa e não uso mais. Mas não foram só os supérfluos, também aproveitei o embalo para reciclar os pensamentos.
Após algumas pesquisas e reciclagem de pensamentos conclui:
Ainda temos que aprender a doar livros, roupas e badulaques que sobram nas gavetas e nos armários.
É possível também aliviar a carga nas responsabilidades diárias, no excesso de compromissos e de atividades.
E consumir com mais critério, sabedoria, evitando produtos que aumentem a poluição em nosso organismo ou no meio ambiente.
Com uma dieta saudável, sem usar a comida para compensar ansiedade ou frustrações, corpo e alma tendem à harmonia, nos poupando tempo, energia (e um bom dinheiro) com médicos, analistas e remédios. É certo e líquido.
Já que estamos falando de líquido, não tem coisa melhor que saudar nossos olhos com um brinde renovador. Nade. Se não sabe, trate de aprender. Se não for possível, tome banho de chuva, pelo menos uma vez. É necessário ficar perto da água para mergulhar no mundo da percepção interior. "Momentos de introspecção são fundamentais para avaliarmos se estamos no caminho certo."
A qualidade de nossos atos e palavras é capaz de influenciar nossa vida, segundo a relação de causa e efeito. Toda e qualquer ação ecoa pelo universo, o que nas tradições ocultas chama-se "lei da ressonância". E não é apenas se doar para os outros. É preciso também procurar o bem para nós mesmos. E essa felicidade pode estar nas atividades simples e corriqueiras.
Há sinais muito claros de que a ficha da generosidade está caindo.
Grandes e pequenas empresas de todo o mundo já abandonaram a idéia paternalista da filantropia para se envolver de verdade com as comunidades, com as organizações não-governamentais e com os projetos que incluem benefícios sociais.
Aproxime-se da natureza, desacelere e consuma com consciência. Segundo o Fundo Populacional das Organizações das Nações Unidas (UNFPA), uma criança nascida em um país industrializado, onde os níveis de consumo são altíssimos, colabora para o desperdício e poluição ambiental o mesmo que 30 a 50 crianças nascidas nos países em desenvolvimento.
Comprar com discernimento não significa reprimir desejos mas nos reorientarmos em direção a novos valores, tendo em mente o impacto ambiental e social que produzimos através da cultura do excesso.
Uma ONG que promove o consumo consciente, o Instituto Akatu, de São Paulo, acredita que o consumidor pode transformar o mundo ao evitar desperdício de comida, de água e de papel.
Segundo dados do Akatu, se um milhão de pessoas usarem a frente e o verso do papel para escrever, a cada mês seriam preservadas árvores suficientes para cobrir 18 campos de futebol. A preocupação vale para a água, um bem natural que tende a se tornar raro nas próximas décadas.
Se um milhão de pessoas reduzissem seu banho de 12 para 6 minutos, seriam economizados mensalmente 1,62 milhão de metros cúbicos de água, o suficiente para abastecer 432 mil pessoas por dia. E os gastos com energia diminuiriam o equivalente a uma usina de 700 megawatts - como a de Angra I, em Angra dos Reis, RJ.
Enfim, se as "contas para pagar" são o inferno da sua vida, reduzi-las é um passo crucial rumo à simplicidade e ao bem-estar.
A verdadeira compreensão está além da comparação e significa reconhecer a singularidade de cada coisa e cada pessoa. Aceitar os outros tal como são é a mais sublime e apaziguadora forma de respeito. Aceitação inclui também ter jogo de cintura para enfrentar imprevistos sem desperdiçar energia.
E para finalizar, ria muito. Todo mundo sabe que uma boa risada é antídoto milagroso para os males do corpo e do espírito. Mas para aliviar o peso que colocamos em nossas próprias costas, é preciso aprender a rir de nós mesmos, de nossos erros e bobagens. O mau humor é conseqüência da frustração que sentimos frente a exigências que impomos a nós mesmos ou que achamos que os outros esperam de nós. "Pessoas com o dom do humor têm a certeza secreta de que tudo é relativo, tanto as vitórias quanto os fracassos", escreveu num ensaio a indigenista colombiana Gladys Jimeno Santoyo.
Cuidar melhor do Planeta passa necessariamente pelos cuidados que temos com nossa vida.
Isso é tudo de bom!
Fonte Pesquisada: Vida Simples
Foto web.