sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Mais histórias de Jurerê e Floripa















Sim, porque ainda não contei tudo. Esta foto é a badalada praia de Jurerê, já com as atuais construções 'a beira-mar' ou 'pé-na-areia', como definem os moradores que vieram de várias partes do mundo para morar ali.
Quando eu e família colocamos nossa casa do Rio Vermelho à venda, quase 100% dos interessados eram de São Paulo. Queriam fugir principalmente da violência de lá de qualquer maneira, buscando qualidade de vida e sossêgo e achavam tudo barato na ilha. Foram de certa maneira responsáveis pela inflação dos imóveis.
Embora hoje essa qualidade de vida vem deixando a desejar, a emigração vem crescendo ano a ano. Têm quem se deu muito bem, pois de uma hora para outra os imóveis deram aquele 'salto' e continuam valorizando.
A casa do 'Abadia' em Jurerê é um exemplo de valorização. Foi avaliada em R$ 2,5 milhões pelos corretores e leiloada pela justiça por R$ 2,05 milhões. Claro que quem comprou vai vender e ganhar seu 'milhãozinho'...
Sobre os moradores, quem pensa que o pessoal vai embora por que aquela qualidade de vida que buscavam não é mais a mesma, enganam-se. Muitos vão e milhares virão. O caos nas grandes cidades é muito grande e a quantidade de gente querendo fugir disso idem. É irreverssível. A única maneira de preservar o que ainda resta de beleza e natureza na ilha e que chama a atenção do mundo é fazer valer a Justiça e punir com severidade quem tenta burlar as Leis Ambientais.
Ano passado houve uma grande operação em Florianópolis chamada de Operação Moeda Verde - que foi um exemplo de que quando se quer, se faz - prendeu vários suspeitos de corrupção para conseguir licenças ambientais para seus empredimentos. Entre os acusados, o grupo Habitasul que começou o bairro Jurerê sob o mangue. Hoje a bola da vez é o Residêncial Costão Golf, contruído sob o aquífero dos Ingleses.


Aqui a foto do local antes do empreendimento. Veja mais sobre a Operação Moeda Verde AQUI
Lembrando que essa operação pela primeira vez na história fez justiça, levando à prisão além de membros de órgãos públicos, o proprietário do Costão do Santinho Resort o empresário Fernando Marcondes de Matos acusado de pagar propina de R$ 500 mil para a liberação de licença ambiental.
Ainda tem bastante espaço na ilha que muitos vislumbram o crescimento, como o sul da ilha. O que salva aquele pedaço de paraíso ainda é ele fazer parte do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, mas até quando? Particularmente torço que esse pouco que restou continue lindo assim!


Fotos: web