quarta-feira, 2 de abril de 2008

Dirigir falando ao telefone é como beber


Policial militar é flagrado falando ao telefone. Que péssimo exemplo!



Telefonar é como beber? Cuidado! Pode ser pior...

Se um dia você tiver de escolher entre embarcar num carro dirigido por um motorista embriagado ou por um falando ao celular, não tenha dúvida: vá a pé. Conversar no celular ao volante reduz a concentração em até 37%, levando o motorista a cometer erros semelhantes aos de um condutor embriagado, de acordo com estudo da Universidade Carnegie Mellon (EUA). O uso de celulares para conversar, discar e enviar mensagens de texto têm sido motivo de preocupações ligadas à segurança. Mas este estudo, pela primeira vez, usou imagens de ressonância magnética do cérebro para documentar o efeito do simples ato de ouvir um interlocutor durante uma ligação.


A redução da atividade cerebral associada à direção de um veículo pode levar o motorista a se mover de uma pista para outra de maneira errática, como foi verificado em testes feitos com 29 voluntários usando um simulador. Este é um erro comum entre motoristas embriagados.


O estudo mostrou ainda que fazer ligações mesmo sem segurar o celular na mão (por exemplo, botões instalados no volante ou o comando de voz) não é suficiente para eliminar a distração dos motoristas. Eles precisam manter não apenas as mãos na direção, mas também o cérebro concentrado na rua, disse o neurocientista Marcel Just, diretor do Centro para Imagem Cerebral Cognitiva de Carnegie Mellon.


Um estudo anterior da Universidade de Utah (EUA) já constatara que os motoristas são tão ou mais propensos a causar um acidente de carro enquanto conversam ao telefone do que quando dirigem embrigados.


- O risco em que alguém coloca a si mesmo e aos outros quando dirige falando ao celular é o mesmo que ele colocaria se assumisse o volante embrigado - diz David Strayer, professor de psicologia e um dos principais autores do estudo da equipe de Utah.


Na verdade, a pesquisa descobriu que os condutores que falam ao celular, mesmo quando utilizam dispositivos que dispensam do uso das mãos, podem ser até mais perigosos. Usando um simulador de direção sob quatro diferentes condições (sem distrações, usando um celular de mão, falando num celular viva voz e com um nível de 0,08% de álcool no sangue), os 40 participantes do estudo deviam seguir um carro de teste que freava repentinamente.


Os motoristas falando ao celular andaram mais devagar, frearam mais lentamente e se envolveram mais em colisões ou quase colisões.


Os três únicos que bateram no carro de teste estavam pendurados no celular. Nenhum dos bêbados se acidentou.


Fonte pesquisada: ciência DC (Diário Catarinense) Foto: Web