sábado, 12 de setembro de 2009
CONTRACEPTIVOS CONTRA O AQUECIMENTO GLOBAL?
Um estudo da Optimum Population Trust - ONG inglesa que luta pela redução gradual da população mundial -, sustentado pela London School of Economics, afirma que a expansão do acesso aos métodos contraceptivos, aliado a uma política de planejamento familiar, é cinco vezes mais econômico no combate às mudanças climáticas do que as tecnologias verdes convencionais.
Segundo a pesquisa Fewer Emitters, Lower Emissions, Less Cost (“Poucos Emissores, Baixas Emissões, Menos Custo” em tradução livre), se, de hoje a daqui 40 anos, cada casal gastasse US$ 7 (cerca de R$ 14) com planejamento familiar – leia-se métodos contraceptivos - seria possível reduzir em mais de uma tonelada (US$ 7/ton) as emissões de CO2. Para atingir a mesma quantidade, o emprego de tecnologias de baixo carbono (como, por exemplo, energia eólica ou energia solar) custa ao menos US$ 32.
Utilizando dados da ONU como base – onde o planejamento familiar poderia reduzir as gestações indesejadas em até 72% e, dessa forma, ter meio bilhão de pessoas a menos no planeta em 2050 -, o estudo conclui que 34 gigatons de dióxido de carbono deixariam de ser emitidos, economizando US$ 220 bilhões, caso a gravidez fosse evitada. Ou seja, o mesmo CO2 mitigado por meio das tecnologias verdes custaria aos cofres mais de US$ 1 trilhão.
Embora a pesquisa pareça um pouco chocante, ela tem lógica: o número de pessoas no planeta aumentou; a poluição e a miséria também.
Foto: Dercílio
Fonte: Superinteressante
Marcadores:
assistência social,
sustentabilidade