O que estaria acontecendo com o clima da região? Além das construções irregulares em topos de morros e na beira de rios, está claro que 4 meses de chuvas sem parar com intervalo mínimo de um dia de parada nesse período é conseqüência certa do aquecimento global. E infelizmente se nada for feito no planeta iremos observar cada vez mais o aumento de catástrofes como essa.
Em 1983 eu presenciei a grande enchente que houve no Vale do Itajaí, em especial na cidade de Itajaí, minha cidade natal, e a casa dos meus pais tanto daquela vez quanto agora foram um dos poucos lugares que a água não chegou. Mas quase. Do jeito que a coisa vai, sempre batendo recorde atrás de recorde é assustador imaginar uma próxima catástrofe.
O fato é que as mudanças climáticas trazem grandes catástrofes e se junto a isso a ocupação do ser humano continuar sendo em volta de rios e morros, mais a destruição do pouco que sobrou da mata atlântica, (que um dia já cobriu toda Santa Catarina) o cenário que iremos presenciar será aquilo que nem desejamos imaginar.
Muito se fala em reconstruir. Sim, é isso que certamente vai acontecer. Mas vamos reconstruir respeitando o meio ambiente que consequentemente iremos poupar vidas e quem sabe evitar grandes tragédias como essa. E continuar lutando para que passe a "febre" do nosso querido planeta!
Abaixo fotos que dizem mais que mil palavras:
Fotos da web enviadas pelos internautas.
Por que choveu tanto em Santa Catarina?
A combinação de três fenômenos meteorológicos causou o volume recorde de chuvas. Eles podem ser reflexo de alguma alteração no Oceano Pacífico, ainda não detectada pelos especialistas. Como esses fenômenos são naturais e já aconteceram outras vezes, é pouco provável que sejam resultado do aquecimento global.
Revista Época
1 VENTOS
Desde o início de novembro, uma área de alta pressão (anticiclone) originária da região polar está estacionada sobre a costa da Região Sul. Ela tornou mais intensos os ventos que sopravam do oceano para o continente, carregando o ar úmido. Os ventos permaneceram nessa mesma direção durante 20 dias, período maior que o usual (cerca de dez dias) .
2 EVAPORAÇÃO
A quantidade de vapor d’água transportada até o continente também foi maior que o normal. Isso aconteceu porque as águas do litoral estavam entre 0,5ºC e 1ºC mais quentes que o habitual. Isso aumentou a evaporação.
3 NUVENS
Nas nuvens de chuva, o vapor que sobe das camadas inferiores se transforma em cristais de gelo. Eles caem do alto das nuvens e se tornam chuva pesada à medida que se precipitam. Desta vez, a temperatura nas camadas altas da atmosfera estava mais fria. Era de -180C, quando o habitual é -70C. Por isso, a nuvem ficou mais carregada e a chuva foi mais intensa.
Fonte: Pedro S. Dias - Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC).